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Estamos vivendo numa sociedade do vazio. Do sem sentido. Da desesperança. Mais, ainda, estamos vivendo numa sociedade de estresse e de depressão. Não há nada pior que o vazio, o espaço sem nada, sem sentido, sem motivações, sem objetivos, sem ideais e, especialmente, sem esperança. E isso nos leva ao vazio do verdadeiramente humano e do divino. Essa situação torna-se insuportável e angustiante.
Há pessoas que querem uma sociedade sem valores éticos e morais, sem valores familiares, sem relações estáveis, sem fidelidade, sem renúncias e sacrifícios, sem amor verdadeiro de doação e de entrega, uma sociedade de acordo com a sua própria cabeça. E isso faz com que elas percam sua identidade, que não tenham parâmetros, nem limites, que não valorizem os princípios éticos e morais, que não valorizem o transcendente, o amor gratuito e generoso, mesmo que tenham maravilhosos gestos de solidariedade e comunhão, mas são atitudes isoladas. Não raras vezes presenciamos atitudes tomadas de acordo com a vontade e a decisão de cada um, em que o outro não conta, não é valorizado.
Nesse sentido, como pensar em família? Como pensar em comunidade. Como pensar no bem comum? É justamente nesse tipo de sociedade que prolifera, com muita força, o radicalismo, a auto-suficiência e a dominação e, o que é pior, caminha-se para a dominação do subjetivismo.
Na verdade, precisamos dizer não a essa sociedade que quer gerar uma vida sem valores permanentes, sem verdades, sem tradições, sem referências, sem mestres e, por isso, sem discípulos. Precisamos dizer não a essa sociedade ilusória, apenas de aparêcias, oca e desprovida do essencial, que é o amor gratuito, repleto de generosidade e da compaixão.
Como consequências imediatas desta sociedade vazia, surgem as doenças, como a ansiedade e a depressão; os suicídios e os feminicídios; além de pais matando filhos e vice-versa, estampando a incrível e inexplicável brutalidade humana.
Infelizmente, sendo realista, estamos numa sociedade que quer nos roubar a esperança, os sonhos, e, sobretudo, a nossa identidade humana. Querem que sejamos todos iguais, sem originalidade, sem opiniões, sem autonomia e, portanto, sem liberdade de opinião, a não ser que corresponda àquela que alguns, e, de preferência, as minorias querem.
Aqui cabem os versos de nosso Hino RioGrandense, "não basta ser livre e forte, pois povo que não tem virtudes acaba por ser escravo". É exatamente isso que está acontecendo. Temos dificuldades para defender nossas ideias, de sermos respeitados em nossos valores.
Enfim, tudo isso acontece porque vivemos em uma sociedade do vazio, sem limites, repito, sem valores, sem renúncias, numa sociedade que caiu no total permissivismo; no entanto, nós, que desenvolvemos valores evangélicos, somos desafiados a investir numa sociedade pautada nesses valores. É nossa missão!